"Canta, ó musa dionisíaca, com a voz que me entorpece, como a um vinho, e sirva-me de inspiração a descrever essas minhas luxúrias."

segunda-feira, 2 de abril de 2012




Química Perfeita

Corpo alvo como leite,
Energia intensa nos lábios,
Olhar radioativo,
Sedento em me provar.

Lambuzo-me no sabor do teu corpo
Pequeno, frágil,
Excitantemente poderoso.

Infinitas calorias finitas,
Lipídeos e glicídios exterminados
Aos gritos e gemidos de nossos corpos.

Calor que aquece a alma, atiça moléculas,
Faz suar, sem cansar,
Pela união de dois compostos orgânicos
Em simples, dupla, tríplice.
Calor que liga, não quebra.
Contraditória química.

Os movimentos das camadas de teu corpo me sustentam,
Entram no meu corpo, agora teu.
Encontro da base com o ácido,
Impulsionando a bombas hidrogênicas eróticas,
Erógenas.

Hoje reages em minha mente,
Misturado ao teu cheiro.
O cheiro me faz te ver em tudo,
Relembrando momentos encontrados pela perdição,
Ciência Inconsciente.

Ai, meu glucídio magrelo,
Desejo ter-te todo, tudo de novo (e mais além...!)
Em meus olhos,
Em meus braços,
Em minhas cavidades,
Em meus tarados átomos...

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