Na madrugada
No vazio da cama fria, arde uma chama que não quer se apagar.
Aceso, o corpo movimenta-se insone na madrugada escura, procurando o invisível.
Nas sombras, veem-se movimentos lentos de mãos que tocam o corpo quente, inquieto.
Ouvem-se pequenos gemidos em respiração ofegante.
O corpo se contorce de um lado para outro, de cima para baixo.
A cama é aquecida.
Abrem-se, parecem, pernas, e as mãos aumentam a velocidade, gemidos tornam-se fortes, a respiração acelera...
A cama incendeia.
De repente, tudo para...
Depois de um gemido profundo que morre junto ao corpo inerte, adormecido, que respira calmamente.
A cama amornece.
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