"Canta, ó musa dionisíaca, com a voz que me entorpece, como a um vinho, e sirva-me de inspiração a descrever essas minhas luxúrias."

terça-feira, 20 de março de 2012


Na madrugada

No vazio da cama fria, arde uma chama que não quer se apagar.
Aceso, o corpo movimenta-se insone na madrugada escura, procurando o invisível.
Nas sombras, veem-se movimentos lentos de mãos que tocam o corpo quente, inquieto.

Ouvem-se pequenos gemidos em respiração ofegante.
O corpo se contorce de um lado para outro, de cima para baixo.
A cama é aquecida.

Abrem-se, parecem, pernas, e as mãos aumentam a velocidade, gemidos tornam-se fortes, a respiração acelera...
A cama incendeia.

De repente, tudo para...
Depois de um gemido profundo que morre junto ao corpo inerte, adormecido, que respira calmamente.
A cama amornece.

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